A industrialização é historicamente considerada o motor do desenvolvimento econômico, pois eleva a produtividade, gera empregos urbanos e fortalece a capacidade fiscal do Estado. Na América Latina, o modelo de substituição de importações buscou reduzir a dependência externa, mas enfrentou limites relacionados à baixa competitividade e à concentração produtiva. No Brasil, após décadas de expansão (1930–1980), o setor industrial perdeu espaço relativo no PIB, fenômeno denominado desindustrialização precoce.
Esse processo trouxe novos desafios, como a reprimarização das exportações e a dificuldade de inserção em cadeias globais de maior valor agregado. Diante disso, discute-se o papel das políticas públicas e da inovação tecnológica na redefinição da indústria como eixo estratégico do desenvolvimento.
Adaptado das ideias de Prebisch, Raúl. O desenvolvimento econômico da América Latina e alguns de seus principais problemas. Revista CEPAL, Santiago, 1949.
Com base no texto motivador e sobre a industrialização, responda de forma fundamentada as questões a seguir, em até 30 linhas.
- Explique, à luz do pensamento de Prebisch, porque a industrialização foi considerada essencial para romper a condição periférica da América Latina, destacando seus efeitos no desenvolvimento econômico.
- Considerando o caso brasileiro contemporâneo, explique o processo de desindustrialização brasileiro e analise os impactos.
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(Adaptado de FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1959.)
Baseado nos fatos narrados, elabore um texto discursivo sobre o papel do Estado como agente de desenvolvimento econômico, atendendo as perguntas abaixo:



