A Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF em Mato Grosso do Sul conduz investigação sobre tráfico internacional de cocaína entre Bolívia e Brasil. Em janeiro de 2025, 300 kg de pasta-base de cocaína foram apreendidos em um caminhão de grãos na BR-262, município de Corumbá/MS, e os motoristas presos em flagrante revelaram ter sido contratados para levar a carga até um armazém no interior de São Paulo. Informações coletadas apontam como suspeitos de chefiar o esquema Paulo Roberto Silveira, 50 anos, fazendeiro, e Marcos de Oliveira, 35 anos, proprietário de uma transportadora em Ponta Porã/MS. Paulo seria o financiador que coordena a compra da droga na Bolívia, enquanto Marcos gerencia a logística do transporte. Durante as apurações, verificou-se que ambos mantêm contato frequente por telefone com intermediários e fornecedores estrangeiros. Um celular apreendido com os motoristas continha números de contato salvos com codinomes; um dos números (XXY-XXXXXXXXX) foi geolocalizado na fazenda de Paulo e outro (XXY-YYYYYYYYY) na área urbana de Ponta Porã (possivelmente o aparelho de Marcos). A análise preliminar de registros telefônicos (obtidos via ordem judicial de quebra de sigilo) evidenciou ligações sucessivas desses terminais imediatamente antes e após o transporte interceptado, sugerindo serem os canais de comando do crime.
Até o momento, as diligências convencionais não foram suficientes para identificar todos os integrantes da quadrilha nem vincular diretamente Paulo e Marcos à droga apreendida. A vigilância física dos suspeitos esbarrou em contramedidas por eles adotadas (como encontros em locais isolados sem comunicação eletrônica) e a tentativa de flagrante em nova remessa fracassou, pois os criminosos abortaram a operação ao suspeitarem de monitoração. Não existem colaboradores internos além dos motoristas presos, cujas informações são limitadas aos níveis inferiores da organização. Por isso, a interceptação das comunicações telefônicas dos investigados mostra-se a estratégia mais eficaz para obter provas e mapear toda a rede criminosa.
Considerando a situação hipotética apresentada, elabore, na qualidade de delegado de polícia responsável pelo procedimento, a peça prático-profissional cabível, expondo as teses de direito material e processual necessárias. Não crie fatos novos.
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