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Q405516 | Atualidades e Conhecimentos Gerais
Banca: VunespVer cursos
Ano: 2024
Órgao: UNESP - Universidade Estadual Paulista
Cargo: Vestibular
30 linhas

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Texto 1

O debate sobre uso, limitação parcial ou proibição de celulares em sala de aula retornou com força no início de 2024. O tema é complexo: proibir ou não que estudantes levem os dispositivos para a escola, ou até mesmo que os utilizem somente durante os intervalos, tem movimentado não apenas o debate entre professores e gestores, como também as redes sociais, envolvendo diferentes atores da comunidade escolar.

Recentemente, redes do Rio de Janeiro e de São Paulo instituíram medidas restritivas. No fim de 2023, a Secretaria Municipal de Educação do RJ promoveu uma consulta pública sobre o banimento dos aparelhos durante o período de aulas. O resultado apontou 83% dos entrevistados favoráveis à medida, que entrou em vigor neste ano de 2024 e restringe o uso inclusive durante os intervalos. Há, porém, algumas exceções: o acesso só é permitido com autorização expressa do professor para fins pedagógicos. Na mesma esteira, o governo de São Paulo vetou o uso de redes sociais via Wi-Fi em toda a rede de educação estadual.

(Ruam Oliveira, Ana Luísa D’Maschio e Vinícius de Oliveira. “Banir ou não banir?
Celular na escola precisa ter função educacional, dizem especialistas”. https://porvir.org, 21.02.2024. Adaptado.)

Texto 2

Há pouco tempo, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) divulgou um relatório em que chama atenção para os impactos negativos do uso de celulares em sala de aula e na capacidade de aprendizagem dos alunos. Ainda de acordo com a instituição, há a preocupação de que o uso de aparelhos aprofunde as desigualdades educacionais em função das condições socioeconômicas, como acesso ou não à internet e aos próprios suportes eletrônicos.

É claro que o impacto do consumo de eletrônicos pelos mais jovens tem seus lados positivos. As gerações mais jovens são nativas digitais, esta é a forma como estão no mundo, se comunicam e reconhecem. A internet, por exemplo, pode melhorar o desempenho acadêmico dos alunos como fonte de pesquisa e informação, além de aguçar a curiosidade. Além disso, programas e abordagens baseados em telas podem encorajar o aprendizado autônomo e colaborativo, bem como aplicativos e jogos podem aumentar a proficiência e reduzir as lacunas de aprendizado. Ignorar todas essas vertentes da tecnologia na vida dos jovens seria uma falácia.

No entanto, de um modo geral, o que se observa são significativos impactos negativos no dia a dia deles. Diversas pesquisas recentes dão conta de consequências negativas para a linguagem e cognição (prejuízo ao desenvolvimento e à memória, perda de pensamento analítico), para a saúde física (sobrepeso, obesidade e má qualidade do sono) e para a saúde mental (sintomas de depressão, ansiedade, solidão e baixa autoestima).

(Fabio Barbirato. “Por que é importante proibir o uso de celulares nas escolas?”. https://vejario.abril.com.br, 05.03.2024. Adaptado.)

Texto 3

A pedagoga Rosemary dos Santos, pesquisadora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), critica a proibição de celulares na escola. Ela avalia que a escola precisa discutir e problematizar as questões que estão colocadas na sociedade: “Não adianta simplesmente proibir. Os alunos vão usar os celulares escondidos. E a escola vai ter que atuar naquela lógica do vigiar e punir. As tecnologias hoje estruturam a sociedade: é impossível viver sem acesso à internet. A internet é um direito humano. Se você não tem acesso, está excluído socialmente. Quase tudo o que você faz é por meio da tecnologia.”

“O uso excessivo não se dá porque o aluno usa o celular na escola, mas sim porque usa em todo lugar. Não é o uso na escola que pode gerar depressão ou que pode levar o aluno a conteúdos inadequados. É o uso na sociedade. As questões que emergem a partir desse uso precisam ser problematizadas em sala de aula”, insiste a pedagoga.

Rosemary chama atenção para um documento publicado em 2014 também pela Unesco. Intitulado “Diretrizes de Políticas para a Aprendizagem Móvel”, ele elenca experiências positivas e destaca a importância da educação em tecnologia. Segundo a pesquisadora, existem diversas possibilidades de uso dos dispositivos digitais envolvendo projetos de leitura, de podcast, de produção de vídeo, entre outras.

(Léo Rodrigues. “Rio quer ampliar proibição de celular na escola; pedagogos questionam”. https://agenciabrasil.ebc.com.br, 12.12.2023. Adaptado.)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Faz-se necessária a proibição do uso de celular nas escolas?


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