Leia o texto a seguir.
As cidades brasileiras têm assistido, especialmente após o advento do Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) iniciado em 2009, ao surgimento de muitos conjuntos habitacionais voltados à população de baixa renda. Um estudo realizado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em 2016 avaliou empreendimentos do MCMV destinados à faixa 1 (renda mensal de até R$ 1.600), construídos antes do lançamento da fase 3 do programa (ocorrido em 2016) em três cidades brasileiras: Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Uberlândia (MG). Tal estudo demonstrou que grande parte dos conjuntos habitacionais foi implementada com projetos de uso exclusivo de habitação (monofuncionais), nas periferias das cidades brasileiras. As distâncias dos empreendimentos das centralidades das cidades, bem como os tempos de deslocamento envolvidos, dão mostras do reforço de um quadro de segregação socioespacial.
IPEAA. Inserção Urbana de Habitação de Interesse Social: Um Olhar Sobre Mobilidade Cotidiana e Uso do Solo. Brasília, Rio de Janeiro: IPEA, 2016.
Disponível em: <https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/6592/1/td_2176.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2023. [Adaptado].
Considerando os aspectos apresentados no texto e a realidade dos conjuntos habitacionais voltados à população de baixa renda do Brasil nos últimos anos, aponte dois efeitos da construção desses espaços sobre a infraestrutura urbana e sobre a qualidade de vida dos seus moradores.
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