TEXTO I
WhatsApp vai financiar pesquisas sobre fake news e desinformação
Por Leonardo Müller
O WhatsApp anunciou hoje (04), por meio de seu site oficial, que está abrindo um programa para financiamento de pesquisas acadêmicas sobre fake news e desinformação no geral. A ideia da plataforma é entender melhor como funciona a disseminação de notícias falsas e de outros conteúdos enganosos no mensageiro. Esse programa está sendo encarado como uma resposta do App aos recentes linchamentos ocorridos na Índia por conta de notícias falsas divulgadas via WhatsApp.
Linhas de pesquisa aceitas
Foram divulgadas, ainda, as “áreas fundamentais de atuação”, nas quais todas as propostas de pesquisa terão que se encaixar: 1) Processamento de informações de conteúdo problemático; 2) Informações relativas a eleições; 3) Efeitos de rede e viralidade; 4) Alfabetização digital e desinformação; e 5) Detecção de comportamento problemático em sistemas criptografados.
Também já foi detalhada a hierarquia de preferências para seleção dos trabalhos. Por exemplo, projetos que focam em regiões onde o WhatsApp é um meio de comunicação proeminente, como Índia, Brasil, Indonésia e México, terão preferência.
Adaptado de: https: <//www.tecmundo.com.br/ciencia/131920-whatsapp-financiar-pesquisas-fake-news-desinformacao.htm> Acesso em: 07 jul. 2018.
TEXTO II
WhatsApp pode ameaçar estabilidade no Brasil, diz pesquisadora de Harvard
Por Talita Abrantes
Para Claire Wardle, pesquisadora britânica, diretora de pesquisa do projeto First Draft News, ligado à Universidade de Harvard e comprometido com o combate à circulação de conteúdos deliberadamente falsos na internet, a polarização torna o Brasil mais vulnerável aos efeitos de conteúdos deliberadamente falsos
— mas há meios para combater isso
Veja trechos da entrevista que ela concedeu à EXAME:
EXAME: A senhora não gosta do termo “fake news” para descrever o fenômeno de informações falsas circulando pela internet. Por quê?
Claire Wardle: Primeiro, essa palavra se tornou sem sentido porque não descreve a complexidade do ecossistema de informação. Por exemplo, muitos dos problemas que vemos hoje é de imagens genuínas, mas recicladas [publicadas fora de contexto], então, elas não são falsas. Logo, o termo não descreve realmente aquilo que nos preocupa.
essoas mal-informadas sempre existiram e isso sempre foi uma ameaça para a democracia. Qual é o problema agora?
A misinformation [desinformação ou falta de informação] sempre existiu. Se a minha mãe compartilha algo no Facebook e não sabe que isso é falso, isso é misinformation. Nós sempre tivemos isso, as pessoas compartilham rumores sem saber que eles são falsos. O que nós temos agora é a disinformation [conteúdo deliberadamente falso], quando alguém cria ou compartilha informações falsas para causar algum dano. Em uma era em que a tecnologia barateou e tornou mais fácil criar um site ou manipular uma foto ou um vídeo, é muito mais fácil criar e compartilhar conteúdos deliberadamente falsos. Nós sempre tivemos esse problema, mas nunca uma tecnologia que tornasse tão fácil a criação desse tipo de conteúdo e seu compartilhamento.
Até que ponto educar o público é, de fato, efetivo?
A educação demora um bom número de anos para mudar uma cultura. Vivemos em uma ambiente de informação, é preciso ter responsabilidade sobre aquilo que se posta no Facebook, pois o celular é uma ferramenta muito poderosa que vem com uma responsabilidade.
Adaptado de: <https://exame.abril.com.br/brasil/whatsapp-pode-ameacar-estabilidade-no-brasil-diz-pesquisadora-de-harvard/>.
Acesso em: 08 jul. 2018.
TEXTO III
Alfabetização Digital: mais que um conceito, uma necessidade
As tecnologias de informação e comunicação estão por todos os lados, mas há uma evidente carência de informação e formação quanto ao seu uso.
João Luís de Almeida Machado
Os números revelam que a inclusão digital acontece no mundo todo, inclusive no Brasil, de forma mais acelerada que o previsto. Ainda assim há lacunas que não foram preenchidas corretamente e que repercutem na sociedade. Há, por exemplo, uma distância clara entre disponibilizar recursos e acesso e realizar uma efetiva e necessária alfabetização digital.
O que se tem visto é um crescente uso das tecnologias, com crianças e adolescentes utilizando recursos digitais (nos quais se incluem televisores, computadores, celulares e afins) por, em média, de 10 a 12 horas diárias.
Muito tempo tem sido dedicado à navegação sem rumo, sem objetivos claros, desprovida de interesse específico, seja para os estudos ou para o trabalho, por exemplo. Dedica-se muito tempo às redes sociais, ao entretenimento, à comunicação entre pares e, com isso, tem-se a constante e real percepção de tempo perdido, desperdiçado.
A alfabetização digital é inclusiva. Não pode, no entanto, ser pensada apenas como capacitação tecnológica, vai além disso, pois deve ser pensada e proposta, entendida e realizada como elemento que gera a compreensão do poder das ferramentas e do universo digital, suas consequências e responsabilidades.
Adaptado de: <http://cmais.com.br/educacao/titulo-58>. Acesso em: 08 jul. 2018.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Os excertos de textos oferecidos como motivadores temáticos promovem, conjuntamente, uma reflexão sobre os impactos das notícias falsas (fake news) na sociedade, a partir dos quais se pode pensar no papel da família, da sociedade, da educação e do próprio indivíduo como elemento de solução para tal problemática social. Nesse sentido, a partir da leitura dos textos de apoio e do seu conhecimento de mundo, elabore um texto dissertativo-argumentativo, em que você evidencie uma proposta de solução que responda à seguinte pergunta temática:
Alfabetização Digital: como deve ser trabalhada para diminuir os impactos negativos das notícias falsas na sociedade brasileira?
Selecione fatos e argumentos próprios e do texto de apoio, relacionando-os, de modo coeso e coerente, para construir seu ponto de vista.
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