Texto 1
O ator José Dumont foi preso em flagrante com vídeos de pornografia infantojuvenil. Ele também é investigado por suspeita de estupro de vulnerável e atos relacionados à pedofilia.
“É um choque quando alguém que admiramos é acusado de um crime absurdo. Um sonho perdido, uma desilusão. Trabalhei com José e ele foi um ótimo colega, mas saber dessa notícia deixa qualquer um desapontado e preocupado”, publicou nas redes sociais a atriz Alice Wegmann.
O que fazer, então, com a arte de artistas deploráveis? Como é possível continuar a gostar das obras por eles protagonizadas ou realizadas? Podemos? Devemos? “É importante compreender que consumir material produzido por essas pessoas é, mesmo que indiretamente, reafirmar a importância e relevância delas no cenário artístico”, opina a psicóloga clínica Brena Mendes do Nascimento.
Segundo ela, merecem análise os tantos casos de agressores denunciados e sentenciados por atos violentos que continuam sendo escalados para grandes produções em nome do valor agregado proporcionado por eles. Isso pode gerar o entendimento de que, em nome desses trabalhos, tudo é relevado, inclusive crimes hediondos. “Questionar sobre o que você consome é fundamental, tendo em vista que isso alimenta a indústria responsável por incentivar ou desestimular produções que envolvem essas pessoas”, defende a psicóloga.
(Diego Barbosa. Crimes envolvendo José Dumont acendem questão: o que fazer com a arte de homens monstruosos?
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br, 20.09.2022. Adaptado)
Texto 2
Uma enxurrada de denúncias de assédio sexual abalou o mundo de Hollywood. Diretores e atores com carreira e talento reconhecidos foram acusados de protagonizar situações inegavelmente condenáveis.
Todo o mal-estar gerado pelas denúncias e pelas reputações que ficaram manchadas traz à tona uma discussão recorrente no mundo da arte: é possível separar o artista e seu caráter da obra produzida por ele?
O autor Marco Severo dedicou um dos textos do livro de ensaios e crônicas que escreveu à reflexão sobre o tema. Severo defende que, apesar de não existir obra isenta de autor, ela não é (ou não precisa ser) um retrato de quem a produziu. “O caráter de um artista não está necessariamente na obra por ele criada, de modo que não cabe julgar um filme, livro, quadro, ou qualquer que seja a forma utilizada para a expressão artística, por aquilo que se sabe da vida pessoal de seu autor. A obra é sempre maior do que quem a cria”, sustenta.
Para Severo, a produção do autor pode ter uma dimensão muito maior do que o próprio artista. “Uma obra pode falar por toda uma comunidade, uma população. Um artista, sozinho, não tem esse poder. Não sem o respaldo de sua obra. Sendo assim, embora intrinsecamente ligados, autor e obra não são a mesma coisa, e isso, por si, legitima a avaliação de uma obra pelo que ela é, desconsiderando aspectos de conduta de quem a criou”, conclui.
(Alexandre de Paula. É possível separar o artista do que ele produz?. www.correiobraziliense.com.br, 06.11.2017. Adaptado)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Consumir produções de artistas envolvidos em escândalos incentiva os atos que praticaram?
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(https://aulete.com.br. Adaptado.)
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