Podemos falar em “sociedade doente” não porque seria o caso de acreditar que estamos à procura de uma “sociedade saudável”, como se houvesse formas de vínculo social capazes de não produzir sofrimento. Falamos em “sociedade doente” porque seu funcionamento normal precisa de perpetuação daquilo que ela mesma considera “patológico” funcionar, fazendo-lhe produzir trabalho, valor, instituição social, afetos, vínculos.
Não há sociedade que nos permita viver sem sofrimento, muito menos essa da qual fazemos parte. Imaginar que, na sociedade que transforma todas as formas de ação em processo de valorização do valor, que faz até mesmo das redes de amizades novos espaços de produção de valor de monetização, seria possível traçar vias singulares de atividade sem sofrimento, resistência e reação, eis algo que contraria até mesmo as leis da física.
(Adaptado de: SAFATLE, Vladimir. “Os dois tempos de uma análise”. Disponível em: https://revistacult.uol.com.br)
Considerando as ideias expostas acima, elabore um texto dissertativo-argumentativo, discutindo a seguinte afirmação:
A normalidade própria ao nosso tempo é a doença
CONTEÚDO EXCLUSIVO
Confira nossos planos especiais de assinatura e desbloqueie agora!
CONTEÚDO EXCLUSIVO
Confira nossos planos especiais de assinatura e desbloqueie agora!
Ops! Esta questão ainda não tem resolução em vídeo.
Questões Relacionadas
“A crase não existe para humilhar ninguém”, costumava declarar nas entrevistas o poeta Ferreira Gullar.
Essa sua frase provocadora abarca mais do que o simples emprego do sinal de crase: sugere que as normas básicas da linguagem escrita existem para aprimorar a comunicação e a expressão das nossas ideias e dos nossos sentimentos, e não para envergonhar a quem, por alguma razão, não tenha tido acesso ao conhecimento delas.
Redija um texto dissertativo-argumentativo no qual você discutirá esse posicionamento de Ferreira Gullar.
I
Quando uma pessoa perde a capacidade de assombrar-se, se burocratiza. É importante observar como há uma relação indubitável entre assombro e pergunta, risco e existência.
(Adaptado de: Paulo Freire. Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985)
II
A escola é um lugar de potencial interação e a exposição a telas atrapalha a socialização dos estudantes.
O uso excessivo dos eletrônicos por crianças e adolescentes está diretamente relacionado à baixa disciplina e instabilidade emocional. Por isso, o Relatório Global de Monitoramento da Educação, da Unesco, alerta: “ao mesmo tempo em que a tecnologia leva à superação de alguns problemas, ela traz os seus próprios”.
(Adaptado…
Texto I
A onda das bonecas hiper-realistas – os chamados bebês reborn – não é recente. Há pelo menos 30 anos esses brinquedos surgiram nos Estados Unidos, com artistas transformando bonecas comuns em réplicas realistas.
A riqueza de detalhes das artesãs, também chamadas de “cegonhas”, faz com que uma boneca possa chegar a quase R$ 10 mil no Brasil. Nas redes sociais, mulheres aparecem trocando roupinhas de seus bebês reborn, dando mamadeira, levando para passear e algumas até os levam a hospitais.
(Adaptado de: Folha de S. Paulo. Bebê reborn: como a psicanálise explica nova onda? Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br)
Texto II
Vivemos tempos em que a fronteira entre fantasia e realida…



