Nós, por exemplos, somos um país composto por cinquenta e seis por cento de pessoas descendentes de povos africanos e a nossa História contínua a ser eminentemente branca e ocidental, cujos heróis são todos homens e vinculados a uma historiografia muito colonial. Então, é preciso que a gente revisite a História, entenda que a História não é bula, ou seja, que durante muito tempo nós não perguntamos sobre questões como o papel das mulheres enquanto protagonistas da História, o papel dos negros como protagonistas, e acho que é chegado o momento de a gente incluir questões da nossa sociedade e a partir delas escrutinar a nossa História e aí sim produzir uma História mais plural. A questão do racismo é fundamental, sempre escrevi sobre a questão racial. No último livro, ela aparece no início e ao final, e na minha opinião temos uma passado e um presente muito fortes, muito perversos. Não se passa impunemente por ter sido o último país a abolir a escravidão mercantil, não se passa impunemente pelo fato de termos recebidos metade de africanos e africanas que saíram compulsoriamente de seu país. Essas são marcas pesadas porque elas têm sido reinscritas no nosso racismo estrutural e institucional, que praticamos hoje em dia.
Lila Schwarcz Disponível em https://unifor.br/-/entrevista-nota-10-lila-schwarcz-e-a-construcao-de-uma-historia-plural
Com base no trecho acima e em seus conhecimentos, elabora um texto dissertativo-argumentativo sobre a seguinte questão?
Quais contribuições as Casas Legislativas podem oferecer à construção de referências nacionais plurais?
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