Texto I
Quando, por vezes, me falam em imaginar outro mundo possível, é no sentido de reordenamento das relações e dos espaços, de novos entendimentos sobre como podemos nos relacionar com aquilo que se admite ser a natureza, como se a gente não fosse natureza. Na verdade, estão invocando novas formas de velhos manjados humanos coexistirem com aquela metáfora da natureza que eles mesmos criaram para consumo próprio. Todos os outros humanos que não somos nós estão fora, a gente pode comê-los, socá-los, fraturá-los, despachá-los para outro lugar do espaço. O estado de mundo que vivemos hoje é exatamente o mesmo que os nossos antepassados recentes encomendaram para nós.
(KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2020, p.67)
Texto II
Adolescentes e jovens brasileiros estão mais otimistas quanto ao futuro do que os adultos, e querem ser parte da construção do futuro
Pesquisa do UNICEF em 21 países compara as visões de adolescentes e jovens com as dos adultos sobre como é ser criança e adolescente no
mundo de hoje. Lançamento marca semana do Dia Mundial da Criança, comemorado em 20 de novembro
Nova Iorque/Brasília, 18 de novembro de 2021 – Adolescentes e jovens de 21 países estão mais otimistas do que os adultos quanto ao futuro. No Brasil, no entanto, esse índice de otimismo é um dos mais baixos entre os países analisados. É o que revela pesquisa lançada nesta quinta-feira pelo UNICEF e o Gallup, em comemoração ao Dia Mundial da Criança, celebrado em 20 de novembro. O estudo compara a visão de adolescentes e jovens (15 a 24 anos) com a de adultos maiores de 40 anos sobre como é ser criança e adolescente no mundo de hoje, mostrando as diferenças entre gerações.
Nos 21 países analisados, adolescentes e jovens são mais propensos do que os adultos a acreditar em um futuro melhor. Ao serem perguntados se o mundo está se tornando um lugar melhor para cada nova geração, 57% deles disseram que sim, versus 39% dos adultos. No Brasil, o índice de otimismo foi o segundo mais baixo, atrás apenas do Mali, país da África ocidental. Somente 31% dos adolescentes e jovens brasileiros, e 19% dos adultos, acreditam que o mundo está melhorando. As entrevistas foram realizadas entre fevereiro e junho de 2021. É importante notar que no Brasil foram realizadas entre o dia 23 de fevereiro e o 17 de abril, o pior momento da pandemia de covid-19 no País.
“Não faltam motivos para o pessimismo no mundo de hoje: mudança climática, pandemia, pobreza e desigualdade, aumento da desconfiança e crescimento do nacionalismo. Mas aqui está um motivo para otimismo: adolescentes e jovens se recusam a ver o mundo através das lentes sombrias dos adultos”, afirma a diretora executiva do UNICEF, Henrietta Fore. “Em comparação com as gerações mais velhas, adolescentes e jovens do mundo permanecem esperançosos, com uma mentalidade muito mais global e determinados a tornar o mundo um lugar melhor. Eles se
preocupam com o futuro, mas se veem como parte da solução”[…]
(Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/adolescentes-e-jovens-
brasileiros-estao-mais-otimistas-quanto-ao-futurodo-que-os-adultos. Acesso em 23/03/2022)
Imaginar um futuro melhor exige um compromisso com o presente. É reveladora a constatação de que crianças e jovens brasileiros estão menos esperançosos em relação às mudanças no país. Nesse sentido, considerando as ideias apresentadas pelos textos motivadores e sua visão de mundo, escreva, em registro formal da Língua, um texto dissertativo-argumentativo, que contenha entre 20 e 30 linhas a respeito do seguinte tema: “As atitudes do presente e os impactos na construção do futuro brasileiro”.
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