Texto 1
Uberização: termo usado para indicar a transição para o modelo de negócio sob demanda caracterizado pela relação informal de trabalho, que funciona por meio de um aplicativo (plataforma de economia colaborativa), criado e gerenciado por uma empresa de tecnologia que conecta os fornecedores de serviços diretamente aos clientes, a custos baixos e com alta eficiência.
(“Uberização”. Academia Brasileira de Letras (ABL). https://academia.org.br. Adaptado.)
Texto 2
Cerca de 13 milhões de pessoas estão desempregadas no Brasil, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa, aproximadamente, 12,4% da população. Com um cenário pessimista para os empregos formais, as pessoas buscam alternativas de trabalho, seja para garantir alguma forma de sustento ou para complementar a renda.
Com esse contexto, e a necessidade das pessoas de ganharem dinheiro para sobreviver, surgiu o que ficou conhecido como a uberização do trabalho. A advogada trabalhista Deborah Gontijo afirma que a uberização é, na verdade, a modernização das relações de trabalho. “É natural que isso aconteça por conta do cenário econômico, não só do Brasil, mas do mundo. As próprias pessoas querem ter uma nova rotina, com autonomia nas tarefas e a possibilidade de optar por quando querem trabalhar”, explica.
Esse modelo é visto como uma forma mais eficiente de atuação. Segundo o consultor internacional de segurança Leonardo Sant’Anna, que presta serviços e ministra treinamentos nas áreas empresarial e patrimonial, o próximo passo do mercado é que cada pessoa se torne seu próprio empresário e gestor. “É melhor para diversas pessoas. Hoje, o foco mundial está na gestão por resultados, em ter uma fonte de renda adicional, na desburocratização para contratação, na flexibilidade de jornada e horário de trabalho e na melhoria da distribuição de renda. A uberização contribui com tudo isso”, defende.
(“O que é a uberização do trabalho?”. https://guiadoestudante.abril.com.br, 29.07.2021. Adaptado.)
Texto 3
A crise política e econômica que o Brasil enfrenta, atualmente, aumentou a taxa de desemprego, fazendo com que profissionais das mais diversas áreas migrassem para os aplicativos de transporte. Sem direitos trabalhistas, como descanso semanal remunerado, 13o salário e férias, esses trabalhadores têm de arcar com o desgaste do automóvel, gasolina e a própria alimentação. Não podem se dar ao luxo de ficar doentes. Se acontecer um acidente, as empresas não se responsabilizam por nada, embora fiquem, em média, com 25% de cada corrida. A maioria desses trabalhadores sequer recolhe para o INSS. Não há nenhuma proteção, caso necessitem. Essa precarização das relações e condições de trabalho já está sendo chamada de uberização, modelo de distribuição de trabalho usado por diversas empresas de aplicativos que abarcam também outros serviços, como entregas (de carro, motocicletas e bicicletas) e vendas de produtos.
O professor e pesquisador da Universidade de Campinas (Unicamp) José Dari Krein analisa que o discurso sobre a flexibilização dos direitos trabalhistas, que retira proteção social para garantir trabalho, ganhou força nos últimos anos. “Empreender é só um eufemismo para jogar a responsabilidade de sucessos e fracassos em cima do indivíduo”, diz. Para ele, trabalhadores uberizados são assalariados, não microempreendedores. O professor destaca, ainda, que atualmente os trabalhadores estão mais sacrificados do que nos anos de 1960, quando um operário ganhava 30 vezes menos que o diretor da empresa. “Hoje, ele ganha 296 vezes menos”, diz, apontando o acirramento da concentração de renda.
(Marcia Santos. “Aplicativos do século 21 obrigam a trabalhar como no século 19”. https://www.extraclasse.org.br, 17.03.2020. Adaptado.)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Trabalho sob demanda por aplicativos:
modernização ou precarização das relações de trabalho
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