Texto 1
Um algoritmo é um conjunto de regras ou etapas seguidas, geralmente por um computador, para produzir um resultado.
Eles não estão apenas em nossos telefones: eles são usados em todos os tipos de processos. No entanto, as maneiras como os algoritmos funcionam e as conclusões a que chegam podem ser misteriosas, principalmente porque o uso de técnicas de inteligência artificial os tornam cada vez mais complexos.
Basicamente, um algoritmo é uma série de instruções. Como Sasha Luccioni, um cientista pesquisador de ética de Inteligência Artificial, apontou, o algoritmo pode ser feito com instruções fixas para um computador seguir.
Quando você direciona um site de roupas para filtrar pijamas para ver as opções mais populares ou menos caras, está usando um algoritmo essencialmente para dizer: “Ei, siga as etapas para me mostrar os pijamas mais baratos.”
(Rachel Metz. “Algoritmos estão por toda parte”. www.cnnbrasil.com.br, 21.11.2021. Adaptado)
Texto 2
Diariamente, Carlos acorda às 7 horas ao som de Stevie Wonder. “Bom dia, Carlos”, diz sua assistente digital, responsável por despertá-lo para, em seguida, lhe falar sobre a previsão do tempo e listar notícias selecionadas para seu “dono”. No café da manhã, ele lê mensagens recebidas no celular, antes de espiar as redes sociais, que mostram análises políticas com as quais ele concorda. Carlos sai para trabalhar e liga o aplicativo de GPS, que o ajuda a se desviar do trânsito. Ao longo do trajeto, escuta músicas que o aplicativo escolheu.
O domínio das máquinas sobre a vida dos seres humanos não é mais uma ficção futurista. A inteligência artificial já está entre nós, trazendo melhorias à vida – da medicina à segurança –, mas também nos manipulando. Os avanços provocam um sentimento misto de maravilhamento e temor, algo quantificado agora no país por uma pesquisa que revela que nove em cada dez brasileiros se dizem satisfeitos com as praticidades proporcionadas pelos algoritmos. Uma larga maioria acredita que esses sistemas – na verdade, complexas equações matemáticas capazes de interpretar o comportamento humano – encontram opções melhores do que as que eles escolheriam para tudo. Ao mesmo tempo, 63% afirmam que já se sentiram manipulados por esses códigos enigmáticos.
(Raquel Carneiro e Amanda Capuano. “Algoritmos: a inteligência artificial já chegou – e dominou nossas vidas”.
https://veja.abril.com.br/, 14.07.2021. Adaptado)
Texto 3
Stuart Russell, professor da Universidade da Califórnia em Berkeley, dedica-se há décadas ao estudo da Inteligência Artificial, mas também é um de seus mais conhecidos críticos. Russell tem advertido que o modelo predominante de Inteligência Artificial é, em sua opinião, uma ameaça à sobrevivência dos seres humanos.
A preocupação principal de Russell é com a forma como essa inteligência tem sido programada por seus desenvolvedores humanos: elas são incumbidas de otimizar ao máximo possível suas tarefas, basicamente a qualquer custo.
“Se construirmos a Inteligência Artificial de modo a otimizar um objetivo fixo dado por nós, elas (máquinas) serão quase como psicopatas – perseguindo esse objetivo e sendo completamente alheias a todo o restante, até mesmo se pedirmos a elas que parem”, diz Russell. Um exemplo cotidiano disso, opina, são os algoritmos que regem as redes sociais. A tarefa principal desses algoritmos é favorecer a experiência do usuário – por exemplo, coletando o máximo de informações possível sobre esse usuário e fornecendo a ele conteúdo que se adeque a suas preferências, fazendo com que ele permaneça mais tempo conectado, mesmo que isso ocorra às custas do bem-estar desse usuário, prossegue o pesquisador.
“Está claro que os algoritmos das redes sociais estão projetados para otimizar um objetivo: que as pessoas cliquem, que passem mais tempo engajadas com o conteúdo”, pontua Russell.
(Paula Adamo Idoeta. “Por que algoritmos das redes sociais estão cada vez mais perigosos, na visão de pioneiro da Inteligência Artificial”.
www.bbc.com, 10.10.2021. Adaptado)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Inteligência artificial: entre a praticidade aos usuários e a manipulação de seus hábitos
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