A história mostra a longa caminhada das brasileiras para se emanciparem politicamente. Somente em maio de 1933, na eleição para a Assembleia Nacional Constituinte, as mulheres, pela primeira vez e em âmbito nacional, conquistaram o direito de votar e serem votadas. E foi apenas na Constituição Federal de 1988 que passaram a ser vistas como iguais aos homens. Em 2018, o Tribunal Superior Eleitoral determinou aos partidos políticos a obrigatoriedade de reservar pelo menos 30% dos recursos do fundo eleitoral para as candidatas. Tivemos mais mulheres eleitas, mas não o suficiente para o equilíbrio de gêneros.
Renata Abreu. A Reforma Eleitoral deve incluir cota de gênero nas cadeiras
do Congresso? SIM. In: Folha de São Paulo, 14/5/2021 (com adaptações).
O desempenho do sistema de cotas em candidaturas adotado pelo Brasil tem levado muitos especialistas na área a defender a migração para o sistema de reserva de vagas. “Nós estamos batalhando por reserva de cadeiras até que a gente atinja a igualdade. O nosso sistema de cotas atual é muito importante, mas ele não vem surtindo o efeito que nós desejávamos. Ele foi implantado há muitos anos (em 2009) e, ainda assim, a sub-representatividade continua muito alta”, afirmou a promotora de São Paulo.
Paula Reverbel. Maioria dos países adota algum tipo de cota para mulheres na política;
22,6% reservam cadeiras. In: O Estado de S. Paulo, 7/5/2021 (com adaptações).
A agência de notícias Bloomberg criou um ranking que classifica os melhores países para se viver na pandemia. Na última atualização, feita no final de fevereiro, dos cinco primeiros países da lista, três são liderados por mulheres. Obviamente, não dá para cravar que as mulheres são sempre melhores do que os homens em posições de comando, até porque nesse caso existem diversas variáveis e realidades diferentes envolvidas. Mas também é óbvio que isso é um exemplo eloquente do que as mulheres são capazes de fazer quando têm oportunidade.
Alessandra Kormann. Países liderados por mulheres se saem melhor no
combate à pandemia. In: Folha de São Paulo, F5, 6/3/2021 (com adaptações).
Considerando que os fragmentos de texto apresentados anteriormente têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema.
MULHERES NA POLÍTICA BRASILEIRA: CONQUISTAS E DESAFIOS
Ao elaborar seu texto, atenda, necessariamente, ao que se pede a seguir.
1 Discorra sobre o desequilíbrio de gêneros na representação política brasileira. [valor: 6,00 pontos]
2 Aborde exemplos de ações públicas e(ou) sociais que busquem reverter o desequilíbrio de gêneros na ocupação de cargos de liderança política no Brasil. [valor: 8,00 pontos]
3 Relacione o debate sobre a baixa representatividade de mulheres na política à divisão do trabalho na sociedade brasileira, abordando expectativas ou estereótipos associados às mulheres que ocupam cargos de destaque. [valor: 5,00 pontos]
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