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Q106166 | Português
Banca: VunespVer cursos
Ano: 2018
Órgao: UNESP - Universidade Estadual Paulista

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Leia o trecho do livro O maior espetáculo da Terra, do biólogo britânico Richard Dawkins (1941- ), para responder a questão.

A seleção natural impele espécies predadoras a tornarem-se cada vez melhores em apanhar presas, e simultaneamente impele espécies que são caçadas a tornarem-se cada vez melhores em escapar dos caçadores. Predadores e presas apostam uma corrida armamentista evolucionária, disputada no tempo evolucionário. O resultado tem sido uma constante escalada na quantidade de recursos econômicos que os animais, dos dois lados, despendem na corrida armamentista, em detrimento de outros departamentos de sua economia corporal. Caçadores e caçados tornam-se cada vez mais bem equipados para correr mais do que (ou surpreender, ou sobrepujar em astúcia etc.) o outro lado. Mas um equipamento aprimorado para correr mais não se traduz obviamente em mais sucesso numa corrida, pela simples razão de que, numa corrida armamentista, o outro lado também está aprimorando seu equipamento: essa é a marca registrada das corridas armamentistas. Poderíamos dizer, como explicou a Rainha de Copas a Alice, que eles correm o mais rápido possível para não sair do lugar.

Darwin tinha plena noção das corridas armamentistas evolucionárias, embora não usasse essa expressão. Meu colega John Krebs e eu publicamos um artigo sobre o tema em 1979, no qual atribuímos a expressão “corrida armamentista” ao biólogo britânico Hugh Cott. Talvez significativamente, Cott publicou seu livro, Adaptive coloration in animals, em 1940, em plena Segunda Guerra Mundial:

Antes de afirmar que a aparência enganosa de um gafanhoto ou borboleta é desnecessariamente detalhada, devemos verificar primeiro quais são os poderes de percepção e discriminação dos inimigos naturais desses insetos. Não fazê-lo é como dizer que a blindagem de um cruzador é pesada demais ou que seu conjunto de canhões é demasiado grande, sem investigar a natureza e a eficácia do armamento do inimigo. O fato é que, na primeva1 luta da selva, assim como nos refinamentos da guerra civilizada, vemos em progresso uma grande corrida armamentista evolucionária — cujos resultados, para a defesa, manifestam-se em recursos como velocidade, estado de alerta, couraça, coloração, hábitos subterrâneos, hábitos noturnos, secreções venenosas e gosto nauseante; e, para o ataque, em atributos compensadores como velocidade, surpresa, emboscada, atração, acuidade visual, garras, dentes, ferrões, presas venenosas e coloração atrativa. Assim como a velocidade do perseguido desenvolveu-se em relação a um aumento na velocidade do perseguidor, ou uma couraça defensiva em relação a armas ofensivas, também a perfeição de recursos de disfarce evoluiu em resposta a poderes crescentes de percepção.

Saliento que a corrida armamentista é disputada no tempo evolucionário. Não deve ser confundida com as corridas entre, por exemplo, um guepardo individual e uma gazela individual, que é disputada em tempo real. A corrida no tempo evolucionário é uma corrida que desenvolve equipamento para as corridas em tempo real. E o que isso realmente significa é que os genes para produzir o equipamento destinado a vencer o adversário em esperteza ou velocidade acumulam-se nos reservatórios gênicos de ambos os lados.

(O maior espetáculo da Terra, 2009. Adaptado.)
1 primevo: antigo, primitivo.

a) Explique sucintamente o que o autor entende por “corrida armamentista evolucionária”.

b) De que forma a fala da Rainha de Copas a Alice – “eles correm o mais rápido possível para não sair do lugar” (1º parágrafo) – relaciona-se com a “marca registrada das corridas armamentistas” (1º parágrafo)?


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