Texto 1
Sophia Betoni, de 8 anos, foi a primeira a chegar à fila, com uma hora e meia de antecedência. À frente de dezenas de crianças, a menina só foi embora depois de conversar com seu grande ídolo – na saída, mal conseguia falar de tanta emoção. O motivo para as lágrimas de Sophia era o encontro com Julia Silva, de 10 anos, um dos grandes fenômenos entre os “youtubers mirins” no Brasil. Julia, que mora em Itajubá (MG), tem 470 mil seguidores, e o seu canal está entre os cem maiores do portal no país.
Encontros como esse reúnem crianças que mantêm canais no YouTube e gravam vídeos com dicas de brincadeiras, ideias de desafios para fazer com os amigos, tutoriais de maquiagem, relatos de viagens, dentre outras atividades. Essas crianças fazem parte de um contexto maior, envolvendo pessoas que criam vídeos e acabam se tornando celebridades para públicos específicos. Alvaro Paes de Barros, diretor de conteúdo do YouTube no Brasil, afirma que uma das razões para o fenômeno é a interação entre os pequenos. “Eles falam exatamente o que é importante para crianças, da forma como as crianças falam”.
Amanda Carvalho, de 10 anos, dona de um canal com 70 mil seguidores, foi levada pela mãe a um psicólogo quando seus vídeos começaram a ser vistos por mais pessoas. “A criança pode ser bajulada hoje e, amanhã, ninguém lembrar que ela existe, pois as relações na internet são voláteis. É importante prepará-la para esse choque”, alerta a psicóloga Olga Tessari.
(Júlia Barbon e Mateus Luiz de Souza. Crianças ficam famosas com vídeos no YouTube e
precisam lidar com fãs. www1.folha.uol.com.br, 03.08.2015. Adaptado)
Texto 2
A tecnologia é considerada como mais uma forma de lazer, uma nova maneira de comunicação entre colegas, natural e totalmente integrada no dia a dia. As crianças usam a mídia porque a acham divertida, excitante e imaginativa, e esse uso as faz se sentirem incluídas em meio às pessoas e aos acontecimentos.
A troca de experiências e a interação entre as crianças, por meio das mídias digitais, como o YouTube, contribuem para a formação e o desenvolvimento da infância, por permitirem a autoexpressão infantil. Em função dessa liberdade de expressão em mídias interativas, crianças e adolescentes são estimulados a desenvolver suas habilidades criativas, além de reconhecerem que sua voz, opiniões e produções têm valor. Em termos psicológicos, há crianças que se beneficiam de interações on-line quando para elas é bastante difícil iniciar essa interação ao vivo. Sendo assim, as mídias de vídeo, por exemplo, podem estimular o relacionamento interpessoal.
(Gabriela A. Costa, Anamaria A. A. Chagas, Eli H. P. B. Chagas. Benefícios da tecnologia para
crianças e adolescentes. http://blog.smp.org.br, 05.11.2016. Adaptado)
Texto 3
Ainda que muitas crianças sonhem em conquistar a fama por meio do YouTube, especialistas alertam que é preciso ficar atento para que isso não prejudique o desenvolvimento delas.
Segundo o psicólogo e pesquisador Cristian Nabuco, do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), estudos indicam que a fama pode forçar as crianças a amadurecer mais rápido por serem expostas a um ambiente tipicamente adulto, o qual é mais propício à sexualização e à exposição a conteúdos violentos.
(Letícia Fuentes. Crianças agora buscam ‘carreira’ de youtuber. https://veja.abril.com.br, 30.03.2018. Adaptado)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Youtubers mirins: deve-se incentivar ou inibir
a produção de vídeos para o YouTube feita por crianças?
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Internet: <noticias.stf.jus.br> (com adaptações).
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